Bombeiros vão socorrer homens e são agredidos

Os três bombeiros de Abrantes agredidos a soco e a pontapé por dois jovens, no Pego, vão oficializar a queixa no posto da GNR local. A garantia foi dada pelo comandante, que quer ver os suspeitos responsabilizados.

O Ministério Público também já tem conhecimento do caso e a Câmara de Abrantes recebeu, anteontem, o relatório do incidente. É que para além das agressões aos elementos dos bombeiros municipais houve danos na ambulância do INEM.

O caso correu na manhã do dia de Ano Novo. Os três bombeiros saíram cerca das 8.25 horas do quartel, depois de terem sido alertados minutos antes, e via 112, para o facto de um homem estar caído na berma da EN 118, na localidade do Pego. "Às 8.33 horas já estávamos junto da vítima", garantiu o comandante António Manuel Jesus.

Terá sido nessa ocasião que as agressões começaram. Dois irmãos, F. e N., que se encontravam no local, entenderam que os meios de socorro demoraram muito tempo a chegar e terão iniciado as agressões. Entre murros e pontapés, os três bombeiros - o motorista e dois socorristas - acabaram feridos, um com um dedo da mão partido, outro com um hematoma no pé e um terceiro com problemas no maxilar.

Todos eles tiveram de receber tratamento hospitalar mas nenhum necessitou de intervenção cirúrgica, garantiu o comandante dos bombeiros.

A vítima, que se encontrava na berma da estrada, acabou por se levantar e ir-se embora, sem receber tratamento.

Os dois suspeitos foram identificados pela GNR. São dois jovens, sem profissão, e "bem conhecidos das autoridades". Segundo fonte policial, os irmãos são suspeitos de "furtos, agressões e participação em rixas". A mesma fonte revela desconhecer se os jovens estariam alcoolizados, adiantando que o caso está agora sob investigação e a aguardar a formalização das queixas.

O comandante dos Municipais garante que quer ver o assunto esclarecido. Quanto à ambulância - cujo vidro de uma das portas foi partido com pedras - António Jesus diz que "foi colocado um vidro provisório para que a ambulância continue a funcionar".

Fonte: JN